quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Tempestade no Sul atrai a atenção de um caçador de raios; confira

Fotógrafo de Londrina vem se especializando em captar imagens de tempestades. Foto já ganhou concurso nacional promovido pelo INPE.

A chuva dos últimos dias na região Sul veio acompanhada de muitos raios. Um fenômeno natural que pode causar acidentes graves, transtornos, mas que também atrai a atenção de um caçador de raios.
A tempestade que avança sobre o norte do Paraná é sinal de perigo para a empresa de energia.
“A gente já fica preocupado. A questão é a consequência das chuvas, ventos e raios que danificam nossa rede elétrica e podem desligar consumidores”,afirma o gerente de operações, Luiz Roberto Ferreira.
Na central de distribuição, técnicos monitoram a queda de raios por meio de radares. E é em tempo real. Em um mapa, cada pontinho representa uma descarga. E foram mais de 20 mil de sexta-feira para cá, só na região de Londrina.
“É muito importante para a gente prever, precaver, preparar as equipes nossas para não pegar de surpresa”, diz o gerente de operações, Luiz Roberto Ferreira.
A ameaça para a rede elétrica também abre uma janela para a arte. Um fotógrafo de Londrina sempre trabalhou com eventos, mas de um ano e meio para cá, vem se especializando em captar imagens de tempestades. Virou um caçador de raios.
Aas lentes ficam apontadas para um cenário privilegiado. "Eu tenho um espaço muito grande, onde eu consigo enquadrar a cidade e eu tenho um espaço grande para o raio cair”, diz o fotógrafo Fedrizzi Júnior.
São muitas madrugadas em claro para conseguir boas imagens.
“Eu pego, por exemplo, uma hora da manhã e fico até o dia clarear", conta o fotógrafo.
Foi em um plantão, em agosto do ano passado, às 5h, que Júnior fez um flagrante. A foto ganhou um concurso nacional promovido pelo INPE - Instituto Nacional De Pesquisas Espaciais. O clarão que rasga o céu Londrina correu o mundo.
“Até na China ela foi parar. Pelo tanto de imagem que a gente conhece, pela cultura que a gente tem, eu falei: ‘isso aqui é algo grande, não é um rainho’”, diz.
O fotógrafo segue de olho nas tormentas. O desafio é clicar a composição perfeita, com raio maior e ainda mais intenso.
“Eu acredito que ele um dia aparece. Se ele aparecer eu estou preparado”, diz.

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