Ventos e chuva fortes na origem da queda de grua em Meca que matou 107 pessoas
O acidente não coloca em risco a realização da peregrinação a Meca
AFP
Os últimos dados revelados pelas autoridades
da Arábia Saudita este sábado indicam que a queda da grua na Grande
Mesquita de Meca já provocou pelo menos 107 vítimas mortais. O acidente,
que ocorreu a menos de duas semanas da grande peregrinação dos
muçulmanos, causou ainda 238 feridos.
De acordo com o director-geral da Protecção Civil da Arábia Saudita, “todos os mortos e feridos já foram transportados para o hospital”. O general Suleiman al-Amr, citado pela Reuters, referiu ainda a ocorrência de ventos e chuva fortes nos últimos dias. Estes fenómenos meteorológicos, que arrancaram árvores e abanaram gruas na proximidade da mesquita, terão estado na origem do acidente.O porta-voz das duas mesquitas sagradas (Meca e Medina), Ahmed ben Mohamed al-Mansouri, confirmou esta informação. Por sua vez, o governador da região de Meca, o príncipe Khaled al-Faiçai, já ordenou a abertura de um inquérito.
O aparelho atravessou o telhado e paredes da mesquita caindo finalmente no espaço movimentado em que os peregrinos andam à roda do sagrado Kaaba, um edifício em forma de cubo também conhecido como “a casa de Deus”. Este é o local mais sagrado do Islão. A grua participava nas obras de alargamento da Mesquita Central, que tentam precisamente melhorar as condições de segurança para o haji.
Abdel Aziz Naqour, que afirmou à AFP trabalhar na mesquita, disse que a grua caiu após ser atingida pela tempestade. “Se não fosse a ponte Al-Tawaf [passagem coberta que circunda o Kaaba e que amorteceu a queda do aparelho] o balanço das vítimas teria sido pior”.
Irfan al-Alawi, co-criador da Fundação para a Pesquisa do Património Islâmico com sede em Meca, acusou as autoridades de negligência relativamente ao perigo que estas gruas representavam. “Eles não se preocupam com o património e brincam com a saúde e a segurança”, afirmou à AFP.
Depois da enchente de 2013, o reino saudita quis acrescentar 400 mil metros quadrados à Mesquita Central. O objectivo é que a estrutura consiga albergar 2,2 milhões de pessoas. O controlo das habituais enchentes também tem sido feito através da atribuição de quotas por país, procudando evitar os atropelamentos que se têm tornado comuns no haji. Em 2006 morreram quase 350 pessoas desta forma.
A Arábia Saudita irá receber centenas de milhares de peregrinos para o haji - com início a 21 ou 22 de Setembro -, um dos cinco pilares do Islão, que todos os fiéis devem cumprir pelo menos uma vez na vida, caso tenham possibilidades de o fazer. Segundo a agência official saudita SPA, citada pela AFP, cerca de 800 mil peregrinos já estão no país.
O acidente não irá colocar em risco a peregrinação muçulmana. A confirmação surge através de um responsável citado pela AFP, que garante que a queda da grua "não afectará de forma alguma o hajj", assegurando que as reparações da Grande Mesquita demorarão provavelmente alguns dias.
Os incidentes mais trágicos que recentemente tiveram Meca como palco aconteceram em Janeiro de 2006, quando 364 peregrinos morreram pisados num momento de pânico, e em 2008, onde se verificaram 251 vítimas mortais. Em Julho de 1990, 1426 peregrinos morreram em Meca, a maioria sufocada após uma situação de pânico num túnel.
De acordo com o director-geral da Protecção Civil da Arábia Saudita, “todos os mortos e feridos já foram transportados para o hospital”. O general Suleiman al-Amr, citado pela Reuters, referiu ainda a ocorrência de ventos e chuva fortes nos últimos dias. Estes fenómenos meteorológicos, que arrancaram árvores e abanaram gruas na proximidade da mesquita, terão estado na origem do acidente.O porta-voz das duas mesquitas sagradas (Meca e Medina), Ahmed ben Mohamed al-Mansouri, confirmou esta informação. Por sua vez, o governador da região de Meca, o príncipe Khaled al-Faiçai, já ordenou a abertura de um inquérito.
O aparelho atravessou o telhado e paredes da mesquita caindo finalmente no espaço movimentado em que os peregrinos andam à roda do sagrado Kaaba, um edifício em forma de cubo também conhecido como “a casa de Deus”. Este é o local mais sagrado do Islão. A grua participava nas obras de alargamento da Mesquita Central, que tentam precisamente melhorar as condições de segurança para o haji.
Abdel Aziz Naqour, que afirmou à AFP trabalhar na mesquita, disse que a grua caiu após ser atingida pela tempestade. “Se não fosse a ponte Al-Tawaf [passagem coberta que circunda o Kaaba e que amorteceu a queda do aparelho] o balanço das vítimas teria sido pior”.
Irfan al-Alawi, co-criador da Fundação para a Pesquisa do Património Islâmico com sede em Meca, acusou as autoridades de negligência relativamente ao perigo que estas gruas representavam. “Eles não se preocupam com o património e brincam com a saúde e a segurança”, afirmou à AFP.
Depois da enchente de 2013, o reino saudita quis acrescentar 400 mil metros quadrados à Mesquita Central. O objectivo é que a estrutura consiga albergar 2,2 milhões de pessoas. O controlo das habituais enchentes também tem sido feito através da atribuição de quotas por país, procudando evitar os atropelamentos que se têm tornado comuns no haji. Em 2006 morreram quase 350 pessoas desta forma.
A Arábia Saudita irá receber centenas de milhares de peregrinos para o haji - com início a 21 ou 22 de Setembro -, um dos cinco pilares do Islão, que todos os fiéis devem cumprir pelo menos uma vez na vida, caso tenham possibilidades de o fazer. Segundo a agência official saudita SPA, citada pela AFP, cerca de 800 mil peregrinos já estão no país.
O acidente não irá colocar em risco a peregrinação muçulmana. A confirmação surge através de um responsável citado pela AFP, que garante que a queda da grua "não afectará de forma alguma o hajj", assegurando que as reparações da Grande Mesquita demorarão provavelmente alguns dias.
Os incidentes mais trágicos que recentemente tiveram Meca como palco aconteceram em Janeiro de 2006, quando 364 peregrinos morreram pisados num momento de pânico, e em 2008, onde se verificaram 251 vítimas mortais. Em Julho de 1990, 1426 peregrinos morreram em Meca, a maioria sufocada após uma situação de pânico num túnel.
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