terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Memória do clima será recuperada pelo MMA em arquivo digitalizado


Reprodução

Futuro arquivo: pesquisa simplificada

Projeto incluirá chuvas e estiagens no Brasil desde o século XIX


Por: Lucas Tolentino - Edição: Marco Moreira

Estudada de maneira histórica pelas autoridades brasileiras, a previsão do tempo entrou como aliada nas medidas de combate e adaptação ao aquecimento global. Informações sobre secas, tempestades e outros eventos climáticos ocorridos no país desde o século XIX serão recuperados com a conclusão, prevista para este ano, de ação financiada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Mais de R$ 6 milhões foram investidos, por meio do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima), no projeto do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), órgão ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A iniciativa inclui a digitalização, conversão, importação e armazenamento em formato digital no banco de dados do órgão federal.

PAPÉIS

Ao todo, 12 milhões de documentos com dados meteorológicos desde o fim dos anos 1800 fazem parte do acervo do INMET. Como se encontram em papéis amarelados, os arquivos não podem ser usados, atualmente, para estudos climáticos e de frequência de fenômenos e desastres naturais de natureza atmosférica.

O armazenamento dos dados em um centro de documentação centralizado garantirá a segurança e a integração da memória do clima do Brasil. Além disso, a migração para o banco de dados já existente facilitará as consultas e o intercâmbio de informações com os setores acadêmicos, públicos e privados de maneira mais rápida e eficaz.

CURIOSIDADE

Apesar de o INMET ter sido criado em 1909, os primeiros registros das condições meteorológicas no país remontam ao fim do século XIX. Esses documentos históricos foram produzidos em diversos formatos de papel, que vão de livros e cadernetas até formulários de registradores. Neles, eram inseridas informações numéricas pontuais, resultantes da coleta de dados realizadas por um observador ou registros contínuos por equipamentos mecânicos.

Além da dificuldade de acesso, o manuseio rotineiro dos arquivos provoca a perda de resistência e o envelhecimento precoce da documentação. Para que possam ser digitalizados, os livros e cadernetas foram armazenados, em caráter transitório, em um galpão na sede do INMET, em Brasília.

SAIBA MAIS

Pioneiro no apoio a pesquisas e programas de mitigação e adaptação, o Fundo Clima é um dos principais instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC). Com natureza contábil e vinculado ao MMA, é administrado por um comitê formado por representantes de órgãos federais, da sociedade civil, do terceiro setor, dos estados e dos municípios.

Apesar de considerado um fenômeno natural, o efeito estufa se intensificou nas últimas décadas, acarretando mudanças climáticas. Essas alterações resultam do aumento descontrolado das emissões de gases como o dióxido de carbono e o metano. A liberação dessas substâncias é consequência de atividades humanas como o transporte urbano, o desmatamento, a agricultura, a pecuária e a geração e o consumo de energia.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) – Telefone: 61.2028 1227

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

MS: Número de vítimas de temporais cresceu 167% em dois anos no Estado

Kleber Clajus
Durante reunião, governador se comprometeu a ampliar abrangência da Defesa Civil (Foto: Chico Ribeiro / Notícias MS)Durante reunião, governador se comprometeu a ampliar abrangência da Defesa Civil (Foto: Chico Ribeiro / Notícias MS)
O número de vítimas de desastres naturais aumentou 167,14%, nos últimos dois anos, em Mato Grosso do Sul. A Defesa Civil apresentou ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB), nesta quinta-feira (5), dados que integram início do trabalho de mapeamento das áreas de risco no Estado. O encontrou ocorreu no gabinete da governadoria.
Enquanto o número de pessoas afetadas por temporais e vendavais elevou-se de 80 mil para 213.713 no período, a quantidade de desalojados foi a que mais recuou de 4.599 para 861 (81,27%), seguida dos desabrigados de 873 para 334 (61,74%).
Ao todo, 11 mortes foram registradas por ano, incluindo duas durante inundação no município de Bela Vista, em 2013, além de naufrágio ocorrido em Porto Murtinho no ano seguinte.
Conforme o balanço apresentado pelo coordenador da Defesa Civil, coronel Isaías Ferreira Bittencourt, as principais áreas de risco estão concentradas em populações ribeirinhas no Pantanal e região sul que possui maior incidência de chuva de granizo.
Reinaldo Azambuja declarou, por sua assessoria de imprensa, que pretende implantar almoxarifados para equipamentos utilizados em emergências, kits de primeiros socorros, roupas, alimentos e colchões nas 44 unidades da Defesa Civil ativas no Estado, além de expandir sua atuação.
Também participou do encontro o secretário da Casa Civil, Sérgio de Paula.